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13 de fev. de 2014

Crer ou Analisar? O que é Ser, Realmente, um Livre Pensador




Diariamente todos nós somos bombardeados com uma enxurrada de informações (corretas e equivocadas) e opiniões pelos diversos meios de mídia (internet, redes sociais, televisão) desde os assuntos mais simples, até questões de maior relevância. Mas antes de entrar no mérito do texto (crer ou analisar), precisamos antes de qualquer coisa compreender a diferença entre informação e opinião.

Imagine a seguinte cena: um jornalista vê um homem com os braços para o alto em frente a uma casa, uma criança acima do homem 1 metro pairando no ar enquanto um cachorro late para o homem. Essa é a informação, a cena descrita com alguns detalhes e que poderia ter ainda maiores detalhes, como a expressão do homem, da criança e etc. Agora, vamos supor que o jornalista não divulgasse essa informação, mas sim as possíveis chamadas abaixo:

“Pai arremessa filho perigosamente para o alto enquanto cachorro enfurecido tenta amedrontá-lo”

“Homem brinca alegremente com criança e cachorro em um dia de Sol”

Repararam a diferença entre informação e opinião? A opinião é somente uma análise pessoal sobre o fato e não o fato em si e é aqui que começa a questão central do texto: crer ou analisar?

Justamente pelo grande volume de informações e opiniões que circulam pela internet (isso sem entrar no mérito de informações falsas ou factóides divulgados na mídia) muitas pessoas desenvolveram um curioso método para lidar com o grande volume de material que aparece a cada minuto em todas as mídias: acreditar ou desacreditar completamente uma pessoa ou um veículo de mídia. E aqui começa um grande problema: a gradual perda de analisar informações e opiniões.

Desacreditar um meio de comunicação ou uma pessoa que é fonte de informação e opinião é algo compreensível por diversos motivos, seja por discordâncias ideológicas (tendência do meio de comunicação ou da fonte pessoal desse meio em apoiar determinada opinião, visão dos fatos), seja por seguidos equívocos comprovados ao opinar sobre determinada informação.

Acontece que o contrário, ou seja, acreditar piamente em um meio de comunicação ou uma pessoa que é fonte de informação e opinião sobre determinada assunto é um grande perigo, ainda mais quando tal fenômeno acontece em larga escala em uma sociedade ou grupo determinado de pessoas, pois permite que aquele grupo seja manipulado quando perde a capacidade de analisar e refletir constantemente.

O excesso de opiniões e informações disseminadas nas mídias atualmente trouxe exatamente esse problema para uma grande parte da sociedade, independente do nível financeiro, social ou cultural: a perda na capacidade de refletir, sobretudo as informações e opiniões vindas daqueles (mídia e formadores de opinião) que determinado grupo, grande ou pequeno de pessoas dentro da sociedade, consideram infalíveis.

Já dizia um famoso escritor: “As pessoas não querem conhecimento, elas querem a certeza” (Bertrand Russel).

Conhecer, conhecimento, significa receber uma opinião ou uma informação, analisá-la com a lógica e a razão para atestar a possibilidade de ser verdadeira ou não, compará-la com outras fontes semelhantes sobre o mesmo assunto e a própria experiência pessoal de quem recebeu a opinião ou informação para aí sim fazer um juízo sobre tal opinião ou informação, pois é através desse processo que a pessoa vai sentir a veracidade ou não da informação. 

Acontece que para algumas pessoas é mais fácil, ao invés de realizar todo esse processo sobre o conhecimento, simplesmente serem convencidas, compelidas ou manipuladas a ter certeza sobre determinada narrativa, elas não desejam pensar ou refletir por si próprias, querem receber “verdades absolutas” ou certezas das fontes ou pessoas as quais elegeram como infalíveis.     



É exatamente isso que Kardec abordou na Codificação quando falou da fé raciocinada, de utilizar a razão e o sentir, lado a lado, para formular uma compreensão sobre determinada informação ou opinião. Acreditar por acreditar, ou crer simplesmente porque fulano que tem alguma credibilidade disse, ou crer porque a maioria acredita em tal idéia, informação ou opinião é o que Kardec classifica como fé cega, a crença das mais perigosas, pois torna a pessoa facilmente manipulável.

Mesmo que uma pessoa acredite e confie nas boas intenções e no conhecimento de alguém, seja o seu pastor da Igreja, seja o dirigente da casa espírita, o pai de santo da casa de Umbanda, o escritor que domina determinado assunto, ela nunca deve abrir mão da capacidade de refletir, analisar e formar assim uma fé raciocinada sobre qualquer informação ou opinião que receber, de quem quer que seja, tendo em mente e no coração que existem sim fontes confiáveis, mas não fontes infalíveis e justamente por isso o ato de crer por crer sem maiores critérios comparativos e analíticos poderá abrir brechas que a levará, em situações futuras ao absorver informações e opiniões de outras fontes sem realizar qualquer análise ou reflexão, a ser facilmente manipulada ou alienada.

Ser um livre pensador, sobretudo em questões filosóficas e espirituais como as que são abordadas aqui no blog, requer exatamente o desenvolvimento constante dessa fé raciocinada e mais ainda, sobre aquelas fontes que naturalmente tendemos a confiar cegamente como verdades absolutas. Vou citar um exemplo prático, já que muitos leitores do blog são espíritas por formação ou conhecem a doutrina.

Kardec e Chico foram e são, sem sombra de dúvida, os maiores expoentes e as fontes mais confiáveis do Espiritismo. Mas isso significa que ambos foram infalíveis nos relatos mediúnicos e informações filosóficas que trouxeram? E mais ainda: e quando a opinião de ambos, sobre um mesmo assunto, mostrou-se conflitante, o que fazer? Dizer que as obras do Chico não eram espíritas?

Na Codificação, Kardec criou um método comparativo de análise das comunicações mediúnicas, o chamado controle universal do ensino dos espíritos e ao comparar as inúmeras mensagens recebidas para a Codificação dos médiuns franceses que conhecia, descartou quase 90%, deixando apenas algo próximo de 10% que entrou na Codificação e mais alguns textos que ainda seriam analisados e que foram divulgados na Revista Espírita e posteriormente na Gênese. E mesmo com um filtro valoroso como esse, foi publicada uma informação que décadas depois seria contradita por Chico Xavier: a de que Marte era um mundo menos evoluído que a Terra. Chico, através do irmão X (Humberto de Campos) trouxe informação exatamente oposta: de que a civilização de Marte seria mais avançada do que a humanidade terrícola. O que um espírita, que porventura acredite piamente em Kardec e em Chico faria numa situação dessas? Descartaria por completo o trabalho de um em detrimento do outro?

Discordância semelhante ocorre na questão das almas gêmeas. Kardec é claro nas questões 298 e 299 do Livro dos Espíritos em afirmar textualmente que as almas não são criadas aos pares e que não existem metades eternas ansiosas por se encontrarem, enquanto que o espírito de Emmanuel no livro O Consolador pela mediunidade de Chico Xavier, páginas 323 e 327, afirma que as almas gêmeas foram criadas umas para as outras, tendo como aspiração suprema a união entre si, desejando a integração eterna.

Em ambos os casos, um livre pensador que acredite ou simpatize, no caso, com a filosofia espírita, buscaria refletir, comparar as informações, analisar a lógica e racionalidade das explicações para somente então formular uma opinião, sentir o que parece mais adequado à sua consciência, ao invés de dizer “Se Kardec e a codificação disse, então está certo e o contrário está errado” ou então “Se Chico falou ele está certo e todo o que disser o contrário está errado”.

Acredito que essa seja a postura de um livre pensador, alguém que dificilmente será alienado ou manipulado mas, acima de tudo, evitará uma visão maniqueísta ou polarizada das coisas. 

No meu próprio caso pessoal, admiro a obra de Ramatís e do Robson Pinheiro, o que não significa que terei em mente que tudo aquilo dito por Ramatís ou pelo Robson é verdadeiro ou infalível. 

Ramatis, por exemplo, fala sobre a diferença entre o Cristo planetário e Jesus, já o Róbson acredita que Jesus e o Cristo são a mesma entidade, crendo inclusive que Jesus foi o criador da Terra, isso dito pelo próprio em recente palestra no Lar de Frei Luiz. 

Acredito que o livre pensador encontra um meio termo entre o “extremo do crítico” e o “extremo do fã”, sendo esse meio termo exatamente uma fé raciocinada com critério: crer não apenas por crer, mas crer ou sentir veracidade em algo apenas após um criterioso exame racional e comparativo de informações e da própria experiência vivenciada e que sirva de base para uma comparação.


Por todos esses motivos eu acredito na fé raciocinada e na sua importância para formar livres pensadores e justamente por perceber isso e entender a condição falível do médium é que formulei o método comparativo de estudo das profecias, para evitar ao máximo que minhas próprias limitações e erros mediúnicos influenciassem o estudo das profecias, pois ao comparar as profecias mais confiáveis do mundo, dos profetas que tiveram vários acertos em previsões e ao encontrar um foco comum entre vários deles para o mesmo ano, 2036, para o auge dos eventos da transição planetária ou ápice do Apocalipse, eu encontrei um caminho alicerçado na lógica e com bases de reconhecida comprovação pelos acertos proféticos, que impediriam que meus eventuais erros de análise atrapalhassem a trajetória do estudo, pois o caminho bem alicerçado já estava traçado e bem embasado.

Dito isso é importante relembrar o que foi escrito linhas atrás: “Ser um livre pensador, sobretudo em questões filosóficas e espirituais como as que são abordadas aqui no blog, requer exatamente o desenvolvimento constante dessa fé raciocinada e mais ainda, sobre aquelas fontes que naturalmente tendemos a confiar cegamente como verdades absolutas.” 

Algumas pessoas podem confiar cegamente, por exemplo, nas profecias bíblicas e na interpretação que alguém fez delas (alguns dizendo inclusive terem feito através do Espírito Santo), porque esse alguém parece confiável ou tem boa oratória, bom poder de persuasão, mas isso é pouco para desenvolver fé, crença ou sentimento de veracidade no que é dito por esse alguém, por isso mesmo é uma confiança ou uma certeza cega. 

Entretanto, ao utilizar um método comparativo, unindo em um foco comum diversos profetas com vários acertos comprovados (profecias cumpridas) que falaram de um mesmo tema (um grande evento de mudança no planeta) e apontaram, todos, em um mesmo ano, aí já deixa de ser uma fé cega, passa a ser uma fé racional, pois está alicerçada em um método lógico e científico e não apenas em deduções pessoais, dando maiores subsídios para que a pessoa possa acreditar em determinada análise, não por causa da opinião da pessoa que divulga aquela análise, mas pela lógica, critério e ciência que o método reúne as informações sobre aquele assunto. Crer em algo simplesmente porque alguém supostamente confiável disse ou porque várias pessoas acreditam é fé cega, que facilmente pode levar a manipulação e a alienação.

Sem um caminho e sem um método, como o desenvolvido por Kardec na Codificação, ou ainda o método que desenvolvi no estudo das profecias (sem que com isso faça qualquer comparação de valor com o nobre codificador, apenas buscando o mesmo caminho da fé raciocinada), sem um caminho ou método o médium está fadado a cometer graves equívocos de análise, sobretudo quando dispensa conhecimentos científicos, astronômicos e matemáticos em prol de uma idéia pessoal. Matemáticos podem errar, os números não. Astrônomos podem errar, as leis de Newton não. Cientistas podem errar, os átomos não.


Que possamos refletir e não sermos meras marionetes que “engolem” informações e opiniões de outrem sem maiores reflexões, seja qual tema for. É realmente possível, por exemplo, pessoas em corpos físicos sendo arrebatadas aos milhares para o céu para serem salvas durante a “Grande Tribulação”? É realmente possível que o Sistema Solar orbite uma estrela que é muito mais nova do que o próprio Sol e a maioria dos planetas do próprio Sistema Solar? Se você parou para pensar nessas duas perguntas ao invés de dizer “sim” para a possibilidade real levantada nas duas perguntas, parabéns, você já está apto para tomar a pílula vermelha...

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