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12 de dez. de 2014

Karma - Lei Punitiva ou Lei Evolutiva?

oroboro  abylsus abylsum invocat fixum volatile inferior superior
Oroboro: "Abylsus Abylsum Invocat" (Um abismo chama outro abismo - Salmo 42:7)

Pergunta que recebi no email do blog: 


“Como serão processados os efeitos, segundo a Lei do Karma quando houver violações, a partir de um espírito condenado ao exílio e tendo como vítima um dos escolhidos para na terra regenerada prosseguir sua jornada? Este débito poderá ser resgatado, estando ambos em mundos tão distantes? Deverá se aguardar que este devedor possa retornar, sabe-se lá quando,  cruzar o caminho do credor aqui ou em outro orbe novamente?

Resposta: O karma trata-se de uma lei evolutiva e não uma lei punitiva.

Todas as leis criadas por Deus visam a evolução dos espíritos, através da justiça e do amor. Amor por permitir que cada um através de inúmeras encarnações aprenda e crescer com os próprios erros, justo por permitir que cada um seja responsável pelos atos que praticou.

Dessa forma, o objetivo da lei do karma não é fazer com que o espírito devedor "pague" por um mal que tenha causado a alguém, o objetivo é que o espírito devedor tenha consciência do ato que praticou para que não o pratique mais e, até que tenha essa consciência, provavelmente passará por muitas expiações e provações até que amadureça a sincera vontade de não praticar o erro novamente.

Já o espírito que recebeu o mal de outrem, em seu processo evolutivo, deve buscar justamente o perdão, pois independente de se sentir ofendido com uma ofensa ou perdoar uma ofensa de outrem, aquele que realizou a ofensa inevitavelmente vivenciará uma experiência análoga até que tenha desenvolvido maturidade moral para não repetir o erro, independente se a pessoa a qual fez o mal se sentiu ofendida ou já o perdoou.

A lei do karma, portanto, não é punitiva e nem pessoal, pois não se trata de vingança ou desforra, mas sim uma lei que tem por objetivo conscientizar aquele que cometeu o erro, algo que necessariamente não precisa ser feito sofrendo o mesmo mal através das mãos daquele que outrora machucou.

Da mesma maneira a vítima deve buscar cultivar o perdão ao invés do desejo de vingança ou desforra, pois caso cultive tais sentimentos de vingança e desforra se tornará tão devedora quando o agressor de outrora, visto que estamos na Terra para evoluir e desenvolver nobres sentimentos e não vinganças ou desforras.

Mesmo que a pessoa sinta raiva por alguma ofensa que tenha recebido, ela deve buscar o caminho do perdão e não o da vingança, por dois motivos: o primeiro é que caso busque vingança ela também se tornará devedora e algoz na lei do karma e o segundo motivo é que, como dito anteriormente, independente de perdoar ou ainda cultivar raiva de quem a ofendeu, a pessoa que agiu de forma contrária a lei do amor responderá pelo erro praticado, pois o perdão do ofendido não exime o algoz de responder pelo ato praticado, visto que esse pagamento não é punitivo ou pessoal, mas tão somente um mecanismo que visa despertar o desejo sincero de não praticar mais um mal ao sentir esse mal na própria pele. 

A lei do karma tem esse objetivo, portanto a divida nunca é pessoal, mas sim para com a lei. Um exemplo claro disso, entre tantos outros que cito no livro A Bíblia no 3º Milênio  é o do profeta Elias, que degolou 400 sacerdotes de Baal. Caso a lei fosse pessoal e punitiva, ele teria que voltar 400 vezes e ser degolado, mas bastou apenas uma única vez ser degolado, quando reencarnou como João Batista, para que seu karma fosse quitado, pois o objetivo é que ele aprendesse naquela única experiência o mal que causou a tantas pessoas e não uma desforra para os 400 homens que sucumbiram sob sua espada.

Deus tenta organizar numa mesma família e numa mesma comunidade antigos desafetos, pois através dos laços de sangue e da necessidade de ajuda mútua, certas arestas podem ser mais rapidamente aparadas, mas isso não é uma via de regra.

Tanto o perdão por parte do ofendido como também a conscientização do agressor do erro que cometeu e cultivo de uma sincera vontade em não praticá-lo novamente são as maiores ferramentas para quebrar o “círculo vicioso” de raivas, ódios e vinganças, pois ao agredir alguém a pessoa está sempre, por desforra ou não, agredindo a si mesma, tal qual a emblemática imagem do oroboro. A quebra desse círculo vicioso é exatamente a LIBERTAÇÃO.



Por todos esses motivos não há qualquer problema para a manutenção da lei do karma diante de um exílio planetário. No livro "A Bíblia no 3º Milênio" eu explico em detalhes essa questão, além de várias outras, tendo por base os versículos bíblicos.


A Tragédia de Santa Maria

Em 27 de janeiro (o dia escolhido para lembrar o holocausto em virtude da libertação de crianças judias dos campos de Auschwitz em 27 de janeiro de 1945) de 2013 aconteceu o incêndio na boate Kiss em Santa Maria que vitimou fatalmente 242 jovens, a grande maioria desencarnando após aspirar a fumaça produzida pelo incêndio, que em virtude do material produziu gás cianeto, o mesmo utilizado nos campos de concentração durante a segunda guerra. Por esse motivo, algumas pessoas chegaram a cogitar que esses jovens que desencarnaram teriam ligação kármica com os soldados nazistas que participaram da segunda guerra controlando os campos de extermínio.

Na época muitas pessoas me perguntaram se realmente seria isso e prontamente, após receber orientações do plano espiritual, descartei por completo qualquer ligação dos jovens que desencarnaram com os eventos da segunda guerra. Falei na época, no blog, no dia 31 de janeiro de 2013:


“O que eu posso dizer pra voce, sem qualquer sombra de dúvida, é que no evento ocorrido em Santa Maria as pessoas que ali morreram NÃO ERAM soldados nazistas reencarnados, NÃO ERAM espiritos dos soldados alemães de segunda guerra que compacturam com os genocidios dos campos de concentração, onde judeus eram mortos por asfixia nos imensos fornos. 


É isso que posso dizer pra você, que esse evento ocorrido em Santa Maria não tem qualquer ligação com qualquer evento da segunda guerra ou dos campos de extermínio.”

Post: 

Quase dois anos depois, os pais das vítimas da boate Kiss se reuniram para lançar um livro com cartas psicografadas dos filhos e, “coincidentemente”, a carta escolhida na matéria publicada pelo G1 confirma exatamente isso que eu falei na época do evento:


"Contudo, de minha parte compreendo que, no último quartel do século passado, mais de duas centenas de espíritos, desejosos de adentrar o Terceiro Milênio da Era Cristã sem maiores comprometimentos cósmicos reuniram-se no Mundo Espiritual e decidiram pelo resgate coletivo das faltas cometidas em séculos anteriores."

Vejam que interessante: o último quartel do século passado (1975-2000) demarcou a encarnação desses espíritos e aqui o espírito comunicante fala de “faltas cometidas em séculos anteriores” (ao século 20) colocando claramente que esses espíritos não tinham qualquer ligação com os eventos da segunda guerra, exatamente como comentei nos comentários do blog na época do incidente

Matéria no G1:

Na mesma carta, o espírito comunicante explica:

“Claro que referidos compromissos não dizem respeito tão somente a nós outros, visto que, em maioria, aqueles que nos acolhiam na condição de filhos igualmente se encontravam comprometidos perante as Leis Divinas, que nos compelem as quitações de nossos débitos para com a consciência ceitil. Em vidas que se foram, mamãe e papai, não raro, nos transformamos em incendiários e não foram poucos os filhos que, em nossas atitudes de violência, apartamos dos braços carinhosos de seus genitores.”

O espírito esclarece que os débitos se referem a atitudes incendiárias que os filhos e genitores ligados a tragédia da boate Kiss realizaram em encarnações passadas (vidas que se foram, ou seja, vidas passadas). Como a própria matéria menciona, detalhes íntimos e detalhes das casas, fornecidas nas psicografias através dos médiuns que não tinham conhecimento de tais detalhes, atestam a plena veracidade das cartas.

No dia 29 de janeiro de 2013, em email enviado a um amigo que pedia um esclarecimento sobre a origem kármica do evento, eu esclareci nos seguintes termos:

“Segundo me informaram alguns amigos da equipe espiritual que me assiste, tanto nos trabalhos espirituais com a Apometria como também nos textos que escrevo sobre a espiritualidade, os eventos que ocorreram nessa tragédia tem estreita ligação com um período de algumas semanas que precedeu a revolução francesa, período esse que ficou conhecido como o grande medo. 

Nesse período, que durou de julho a agosto de 1789, muitos agricultores e homens do campo se insurgiram em revoltas contra os senhores feudais e autoridades francesas, contra os abusos dos senhores feudais e das Igrejas, sendo que a característica dessa revolta era justamente queimar livros, documentos e locais como as residências dos senhores feudais e igrejas. 

Em virtude dessas revoltas no campo, o governo francês no dia 4 de agosto resolveu implementar as primeiras medidas que colocariam, 4 anos depois, o fim dos direitos dos senhores feudais, em 1793 e antes disso o fim dos privilégios do clero, nobreza e das cidades e províncias que se mantinham a base do trabalho feudal quase escravo. 

Naquela época a França contava com 25 milhões de habitantes, sendo 20 milhões vivendo na zona rural a maioria em péssimas condições enquanto que meio milhão de pessoas entre nobreza e clero vivia as custas do governo. 

A revolução começou com a tomada da Bastilha em 14 de julho e se alastrou para o campo com uma violência ainda maior onde a característica dos levantes eram sempre de queimar propriedades e documentos dos senhores feudais/ elementos da nobreza o que resultou em muitas mortes, através do fogo. Dentre os eventos que se seguiram a partir dai, ocorreu a prisão e posterior morte de Maria Antonieta.

Sabemos, segundo informações advindas da espiritualidade, entre elas pelos médiuns Feraudy e Divaldo Franco, que muitos franceses da época da revolução reencarnaram no Brasil, muitos com o objetivo de trazer os valores de igualdade, liberdade e fraternidade para o solo tupiniquim, mas também para dar continuidade ao trabalho que se iniciaria décadas depois da revolução, quando da codificação do espiritismo por Allan Kardec.

Fui ver então no dia seguinte alguns textos sobre o ocorrido e vi que a festa que ocorria quando aconteceu a tragédia era exatamente para alunos dos cursos de agronomia, zootecnia e medicina veterinária, especialidades essencialmente ligadas ao campo.”

A carta psicografada mostrada na matéria do G1 confirma exatamente as informações que eu trouxe poucos dias depois da tragédia: que a causa kármica era de natureza incendiária e anterior ao século 20.

Dessa forma, ao comparar as orientações espirituais que recebi na época da tragédia, com as informações trazidas via psicografia por uma das vítimas do evento, creio que sejam essas as explicações mais próximas da verdade dos fatos para esclarecer os porquês e a origem kármica desse evento.   



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20 de jul. de 2014

Tragédias Coletivas: Predestinação ou Fatalismo, Livre Arbítrio ou Karma?


Recebi a pergunta de uma leitora a respeito do acidente com o avião na Ucrânia, se estaria predestinado ou não.

Resposta: Acredito que sim, até porque quando há um desencarne cole­tivo com centenas de mortes existe toda uma preparação dos espíritos socorristas. Nessas tragédias e em outras, como mortes coletivas por tsunamis, terremotos ou em guerras, como no oriente médio que são levadas a cabo pela violência dos homens, as forças espirituais do bem trabalham para impedir que pessoas que ainda precisam estar encarna­das não desencarnem nesses eventos, da mesma forma aproveitam eventos inevitáveis ou já programados para reunir aquelas pessoas que tem o desencarne já previamente programado para acontecer em de­terminada época, pois acredito que todos ao nascer trazem uma pro­gramação de coisas a fazer, coisas a resgatar, pessoas com as quais conviver e com um tempo "x" programado, que pode ser postergado ou encurtado, mais ou menos como um trem seguindo uma linha: mesmo com as paradas, pessoas passando, situações ocorrendo e a capacidade da pessoa exercer sua escolha ali dentro, certos fatores estão condicio­nados, como por exemplo o ponto inicial e um limite final da estação.

Noticiaram que um ciclista escapou de pegar esse voo e também não havia pego o outro vôo malaio que desapareceu meses atrás, em outro caso interessante um medico indiano conseguiu se salvar dos dois tsu­namis (indico e Japão), mesmo apos tendo se salvado do primeiro, foi morar com a família no Japão e se salvou do segundo. Um outro caso, se não me engano de um argentino, que trabalhava em um dos prédios que foi abatido nos eventos do 11 de setembro conseguiu se salvar e também se salvou do tsunami no indico. Muitas vezes pessoas que de­sencarnam nesses eventos não possuem um karma a quitar, mas sim­plesmente cumpriram sua missão na Terra e justamente por isso essas pessoas são desconectadas do corpo físico segundos antes do acidente, não passando pelo desespero de um impacto ou uma explosão.

Pessoalmente eu acredito que a organização dos encarnes e desencar­nes na Terra passa por um controle das entidades superiores, que pos­suem conhecimento amplo das necessidades kármicas, dos méritos e das missões destinadas a cada espírito, trabalhando ativamente para organizar esse intercambio de resgates karmicos todos os dias, dentro de um mundo ainda provacional e tão cheio de violência, entidades que justamente por terem uma capacidade de consciência superior e por estarem em planos superiores, conseguem enxergar o desenrolar dos eventos mais claramente, como alguém que enxerga os eventos ao longe, de cima e vê com maior clareza os rumos que estão sendo toma­dos por quem está ainda dentro dos eventos, seja encarnado ou desen­carnado.

No capítulo 04 do livro A Bíblia no 3º Milênio eu falo sobre a questão da predestinação:

"Antes de nascermos para uma nova encarnação, processo conhecido como reencarnação (ação de voltar a carne), nós temos traçadas as metas para o nosso melhoramento moral, muitas das situações que te­remos de vivenciar, dentro da nossa família, dentro da comunidade onde iremos viver, enfim, dentro do contexto onde iremos viver en­car­nados. Essas metas e situações são como os trilhos de uma ferrovia e o trem é como a nossa própria existência.  

No entanto, dentro desse trem, está simbolicamente a própria pes­soa, que pode escolher em qual estação irá desembarcar, com quais pessoas irá interagir, em quais detalhes irá prestar mais atenção du­rante a via­gem. Essas escolhas são o livre arbítrio e ocorrem dentro de uma pré-destinação, um destino previamente traçado onde a pessoa irá exercer o seu poder de escolha, simbolicamente os trilhos da ferrovia por onde passa o trem.

Não existe, portanto, fatalismo: cada um de nós é responsável pelas próprias ações, pois as exerce segundo o livre arbítrio, o poder de es­colha. No entanto, esse poder de escolha está circunscrito e deli­mitado num pré destino, para que então a escolha de cada um forme o próprio destino. Dessa forma podemos compreender que todos nós estamos predestinados a exercer o nosso livre arbítrio.

Esse pré-destino ou “planejamento do destino” leva em conta as neces­sidades kármicas que trazemos de encarnações pregressas, inclu­sive já desde o nascimento, pois normalmente encontramos no seio da própria família espíritos encarnados com os quais temos algumas diferenças e que vem justamente na mesma família para cultivarem os laços de res­peito e amizade que em encarnações passadas foram des­prezados, ge­rando pesados karmas negativos entre esses espíritos.

O “planejamento do destino” leva também em conta os méritos da pes­soa. Dessa forma, quanto mais exercemos o amor ao próximo, mais autonomia através do merecimento teremos para elaborar o nosso pré-destino. Simbolicamente poderíamos representar isso da seguinte forma: o espírito mais avançado moralmente tem a opção de escolher ferrovias mais modernas, que passem em estações mais bem construí­das, em paisagens mais belas, com trens mais confortáveis, mais se­guros, com passageiros mais amistosos. Compreendemos então que até mesmo a nossa predestinação nos é outorgada segundo uma justa aná­lise de Deus sobre como exercemos o nosso livre arbítrio em encarna­ções passadas. Dessa forma, o nosso próprio poder de escolha, o livre arbítrio é que será decisivo na formação da pré-destinação das condi­ções da futura encarnação (reencarnação) que o espírito terá de viven­ciar na sua jornada evolutiva, jornada essa que tem como obje­tivo pri­mordial o despertar da essência de amor que existe em cada ser."  

E no capítulo 06 mais sobre a questão do livre arbítrio e do karma:

"Deus concedeu ao homem o dom da razão, uma capacidade que está presente no seu espírito, mais precisamente na sua alma e recebe constantemente a influência benéfica do Espírito Santo, a partícula di­vina eternamente fusionada a alma humana formando a estrutura imortal do espírito. O espírito se manifesta na matéria através do corpo físico e no plano espiritual ou “céu’ espiritual com o corpo espiritual, de­nominado dessa forma por Paulo na Bíblia e também conhecido por ou­tros nomes, como, por exemplo, perispírito ou corpo astral, um veículo de manifestação de natureza mais diáfana do que o corpo físico.

Através desses veículos o espírito imortal do homem manifesta seus de­sejos, seu raciocínio, em suma, sua razão. A razão é o dom do inte­lecto manifestado no princípio inteligente, que é o espírito imortal.

Ao conseguir expressar desejos e raciocínios através do pensamento (vibração mental), que se exterioriza ou não através de ações na maté­ria pelo influxo mental sobre o corpo físico, consegue o homem exer­cer uma liberdade de ação, onde coordena pensamentos e ações medi­ante impulsos vibratórios do seu espírito sobre o corpo físico, o qual usa para se manifestar na matéria.

Essa liberdade de ação que nasce na capacidade de usar a razão para dirigir os pensamentos e desejos é o chamado livre arbítrio ou sim­ples­mente o poder de escolha.

Ao materializar esse impulso numa ação, o ato de agir, fazer uma obra, o homem cria então um karma.

A palavra karma vem do sânscrito karmam e significa simples­mente “ação”. No Hinduísmo e no Budismo apresenta um conceito semelhante à lei de causa e efeito ensinada no Espiritismo e no Cristi­anismo através dos ensinamentos de Jesus contidos nos 4 Evangelhos canônicos.

A lei do karma assim ensina: para cada ação praticada teremos a cria­ção posterior de um novo evento ou ação, cuja existência foi cau­sada pelo primeiro evento/ação, sendo que esse evento posterior pode ser agradável ou desagradável, dependendo da sua causa. Ou seja, toda a ação praticada é uma causa que ocasionará um efeito, sendo esse efeito agradável ou desagradável segundo a ação que o originou.

Essa é a essência da lei do karma, sabiamente criada e controlada por Deus: fornecer expe­riências, ocasiões, provações e variadas situações ao homem segundo seus méritos e necessidades, com o objetivo de ajudá-lo a despertar de forma cada vez mais intensa o gérmen de amor e espiritualidade exis­tente em cada ser.

Tanto o Espírito Santo que habita dentro de cada um de nós como as próprias situações do dia a dia colocadas por Deus para vivenciarmos e exercermos nosso poder de escolha tem como objetivo motivar a alma de cada um de nós a despertar o gérmen do amor, a praticar o amor ao próximo e deixar de ignorar essa essência existente dentro de nós e que muitas vezes fica obscurecida pelos atos negativos que in­sistimos em praticar

Cada ação que o homem pratica é como o agricultor que semeia na terra: se cultiva sementes de ódio, tirania, presunção, irá colher os fru­tos daquilo que plantou.

Essa colheita pode ser observada desde o nascimento da cada pes­soa, desde o local onde se nasce, com quais familiares terá de convi­ver, por quais limitações terá de passar. A lei do karma não está res­trita a essa encarnação atual e muitas vezes o espírito está colhendo frutos que plantou a muitas encarnações passadas.

É importante ressaltar que não devemos generalizar as provações doen­ças ou situações difíceis pelas quais muitas pessoas passam, pois nem tudo é resgate, mas muitas vezes são provas pedidas pelo próprio espí­rito reencarnante, para não cometer erros mais graves do que aqueles já cometidos em encarnações anteriores.

Existem também os casos de espíritos missionários, como o próprio Je­sus que nada tinha a resgatar, mas acabou por ter de suportar os mais diversos ataques físicos e morais para divulgar, através do seu exemplo e pregação, os ensinamentos da lei de amor a uma humani­dade ainda muito atrasada moralmente. Esse foi o verdadeiro sacrifí­cio feito pelo Rabi da Galiléia em prol da humanidade.

A lei do karma nos concede, seja pela felicidade das amizades, da boa saúde ou pelas dificuldades da vida, exatamente aquilo que neces­sita­mos para progredir moralmente. Podemos concluir então que a lei do karma é um mecanismo evolu­tivo, com o objetivo de fazer florescer a essência de amor existente dentro de cada ser humano, pois o despertar dessa essência é o motivo principal pelo qual Deus criou o homem: evoluir e desenvolver o gér­men do amor.

O livre arbítrio é o poder de escolher o ritmo da própria evolução, pois dentro da lei do karma através das sucessivas reencarnações, o homem pode acelerar ou atrasar o seu desenvolvimento moral, esta­cionando por mais tempo em mundos mais atrasados ou se empe­nhando por con­seguir merecer viver em condições melhores, exata­mente como no exemplo citado no final do capítulo quatro sobre o trem que a pessoa pode decidir pegar. Enquanto em mundos mais atrasados como a Terra, ainda de expiação e provas, os vagões do trem chacoalham por cami­nhos acidentados, em marcha lenta, nos mundos mais evoluídos é como andar num trem bala deslizando célere por trilhos magnéticos, dispondo de todo conforto e tecnologia.

Cada espírito é uma individualidade ligada à Deus através da fusão pes­soal com o Espírito Santo. A consciência individual, a mente de cada es­pírito, está conectada com Deus. Sendo assim, antes mesmo do espírito formar uma vontade, ou uma idéia ou um simples impulso, Deus já o sentiu e já o sabe (eis Sua onisciência). É dessa forma que Deus orga­niza a lei de causa e efeito entre bilhões de pessoas na Terra.  

O homem é árbitro do seu destino, mas seu destino está subordinado às determi­nações cósmicas, visto que o homem escolhe (exerce seu livre arbítrio) sobre as escolhas oferecidas por Deus no seu dia a dia.

Essa explicação poderia dar a falsa idéia que existe um determi­nismo ou um caminho imutável, como se o homem fosse uma simples marionete no teatro cósmico ou então um pássaro preso nas grades da matéria. Na verdade, é justamente o contrário: Deus concede todos os mecanismos para que o homem desenvolva pelas suas próprias expe­riências toda a sua potencialidade de criação, de amor, de raciocínio, de sentir. Deus convida a todo instante o homem a expandir seus hori­zontes, a abando­nar a gaiola que o limita e alçar vôos cada vez mais altos, em céus cada vez mais belos, a questão é que Deus não pode voar pelo homem, cabe ao homem escolher quando quer voar. Deus convida, abre a gaiola, mostra outros pássaros voando, mostra as bele­zas do céu, mas cabe tão somente ao homem se desapegar do exces­sivo materialismo, deixar de enxergar a matéria como um objetivo e vê-la tão somente como um meio para realizar as experiências depu­rativas necessárias para o pró­prio crescimento espiritual.

Deus fornece as opções de escolha ao homem, proporcionais ao seu merecimento, ou seja, as opções que surgem são fruto de escolhas pas­sadas. O homem constrói então seu próprio destino e as opções futuras sobre as quais exercerá suas escolhas. Só existe uma determi­nação: evolução constante. Todos nasceram pra brilhar, Deus organiza suas leis para motivar a nossa vontade de nos tornarmos pessoas mo­ralmente melhores a cada dia e de trabalharmos pra isso.

Não existem fatalismos, acasos ou caos na gestão divina, Deus é o su­premo juiz, justo e misericordioso. Ele não joga, mas fiscaliza ple­na­mente e perfeitamente todos os “jogadores”, não permitindo injusti­ças ou impunidades, pois executa a plena retificação através da lei de causa e efeito, nessa ou em encarnação futura.

Outra questão muito importante que podemos observar ultimamente é o grande número de tragédias coletivas que vem acontecendo na humani­dade. Tsunamis que levam milhares de pessoas, atentados, como o das torres gêmeas, muitos desencarnes coletivos ocorrendo com cada vez mais freqüência e intensidade nos últimos anos. Esses fenômenos são estudados no âmbito da espiritualidade como prova­ções coletivas ou provas coletivas.


As provações coletivas são os eventos onde a justiça divina agrupa es­píritos que possuem uma karma negativo semelhante. Vale ressaltar, por exemplo, no caso dos tsunamis, que nem todas as pessoas mortas nesses eventos estavam resgatando karmas, assim como no caso de outros desastres, como quedas de aviões ou acidentes de trânsito com várias vítimas. Muitas vezes o espírito é retirado do corpo físico por am­paradores espirituais (anjos) momentos antes do choque ou do acidente em si, não sofrendo qualquer impressão do ocorrido, muitas vezes acor­dando no plano espiritual como se estivesse despertando de um longo sono. Novamente fica claro que não devemos generalizar, pois mesmo nos resgates coletivos temos não só pessoas que morre­ram não por resgatar uma karma, mas sim porque havia chegado sua hora de partir, como também temos de considerar que cada pessoa possui seu karma individual, mesmo num evento de desencarne cole­tivo."


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